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Crítica

Dragon Ball Super: Broly

Longa diverte e conta com uma das melhores lutas da história da franquia

03.01.2019, às 12H29.

Dragon Ball Super: Broly finalmente coloca um dos personagens mais conhecidos da franquia no cânone. O filme consegue encontrar o equilíbrio entre o humor clássico de Dragon Ball com as lutas de Dragon Ball Z e cria uma aventura divertida que vai cativar especialmente fãs da franquia.

Akira Toriyama deixa claro nesse filme algumas de suas principais inspirações. O criador da franquia deixa a relação de Goku e do Superman ainda mais estreita ao detalhar a origem do Sayajin e, assim como o Homem de Aço, o guerreiro conta com uma mãe biológica preocupada enquanto seu pai é o único a sentir o fim iminente de seu planeta. Apesar de mostrar um novo e interessante lado da história, o momento pode incomodar alguns fãs mais antigos do seriado, uma vez que a destruição do planeta Vegeta já apareceu diversas vezes ao longo dos episódios da série. 

Ao mesmo tempo que liga Goku com o Superman, o autor liga Broly com Star Trek. Ele e seu pai são deixados em um planeta deserto como aconteceu com Khan no clássico da ficção (Toriyama tem diversas referências ao seriado especialmente em Dr. Slump, mangá que criou antes de Dragon Ball). Tudo isso deixou a primeira parte da história interessante e fluida, especialmente por algumas pequenas mudanças em relação a origem original de Broly.

Nos outros filmes (que não são parte do cânone), o ódio de Broly é voltado a Goku pois, quando bebês, eles ficavam um ao lado do outro. Agora, sua raiva é toda voltada a Vegeta pois o pai do Sayajin o excluiu em um planeta abandonado. Isso deixou o personagem mais interessante e a dinâmica dele com os outros Sayajins muito melhor, apesar de tudo ser muito raso. Contudo, não é a história que é o principal e, sim, as lutas.

Ao contrário de outros filmes de Dragon Ball, esse longa foca apenas em Goku e Vegeta. As produções que foram lançadas recentemente tinham a necessidade de dar espaço para cada um dos personagens clássicos da série e condensar tudo isso em um longa deixa as lutas corridas, confusas e até cansativas. Dessa vez a luta é só contra os dois e, por isso, a animação é capaz de criar alguns dos melhores quebra-paus da franquia.  

Tudo isso é equilibrado com o humor clássico de Toriyama, que apareceu especialmente em Dragon Ball. Alguns momentos envolvendo Goku e até mesmo Freeza conseguem transformar momentos tensos em hilários e fazem com que o espectador ignore alguns furos do roteiro.

Se o público for parar para pensar demais na história, vai encontrar vários problemas – principalmente com os heróis transformando um dos polos da terra em uma área deserta e vulcânica. Porém, o filme compensa transformando a relação de Broly com Goku e Vegeta e, principalmente, com uma das maiores e mais divertidas lutas da franquia.

Nota do Crítico
Bom