O recém-lançado mangá do Jaspion será o pontapé inicial de um universo dos heróis criados pela Toei que fizeram sucesso na TV brasileira entre o fim dos anos 1980 e o começo dos anos 1990. A proposta, feita pelo mangá produzido pela JBC, foi explicada com mais detalhes em painel da editora realizado na CCXP Worlds.
“A ideia é aproveitar todos os personagens da Toei que fizeram sucesso aqui no Brasil, no fim dos anos 1980 ao início dos anos 1990”, conta o editor da JBC Edi Carlos Rodrigues.
As questões de licenciamento são o principal entrave para a criação deste universo. Os direitos de exibição no Brasil de séries como Jaspion, Jiraiya e Changeman foram adquiridos inicialmente pela Sato Company. Entretanto, algumas destas propriedades não podem mais ser utilizadas, após a aquisição da franquia Power Rangers - que adapta vários personagens da Toei para o Ocidente, com foco nos Super Sentai - pela Hasbro.
“Alguns não podem ser usados por questão de contrato, já que a Hasbro adquiriu Super Sentai. Isso dificulta um pouco, mas a ideia é unir esses heróis em um universo único, e aproveitar toda essa parte na galáxia, no espaço”, complementa Edi. No painel, Spielvan, Metalder, Shaider foram citados como alguns dos personagens que não podem ser utilizados, além, claro de todas as equipes de Super Sentai, incluindo Changeman, Maskman e Flashman. “Tudo que virou versão americana, a gente, hoje, está proibido de mexer. Mas isso pode mudar”, finaliza.
A história do mangá, lançado em outubro de 2020, vai fazer de Jaspion uma espécie de Homem de Ferro deste novo universo, comparou o editor da JBC Marcelo del Greco.
Ideia inicial contemplava trilogia
Uma das ideias iniciais do mangá nacional do Jaspion era ser o início de uma trilogia. Embora o primeiro volume, que foi escrito por Fábio Yabu e desenhado por Michel Borges, tenha uma história fechada, há ali elementos que conectam Jaspion a um universo maior de heróis.
Além de toda a intenção de construir um universo maior, boa parte do painel foi dedicada a contar os bastidores da criação do mangá, que se passa 30 anos após o fim da série de TV e traz Jaspion de volta à Terra. “Ele é um alienígena, o que nos permitiu explorar conceitos como ele não envelhecer. Quando eles retornam, estão iguais, mas o mundo que deixaram para trás está completamente diferente”, explica Yabu.
Para Michel Borges, a principal mudança estava na liberdade de adaptação que o desenho permite, livrando-se das limitações de uma produção de TV que, apesar de toda a parte criativa, esbarrava em limitações de orçamento. “O material original era mais simples, então tivemos espaço para expandir. Temos uma dinâmica diferente”, diz, ao ser complementado por Del Greco: “O Daileon consegue se mexer melhor agora”.
A CCXP Worlds: A Journey of Hope, primeira edição 100% digital do maior evento de cultura pop do mundo, acontece entre os dias 4 e 6 de dezembro de 2020. Os ingressos gratuitos e os pacotes especiais, que dão direito a atrações e brindes exclusivos, estão disponíveis no site www.ccxp.com.br.
Neste sábado (5), a Amazon apresenta as novas séries The Wilds e Invincible, além da quinta temporada de The Expanse, os diretores Anthony e Joe Russo falam de seus próximos trabalhos depois de Vingadores, e Jessica Chastain traz seu novo filme, As Agentes 355. No lado dos quadrinhos, é o dia de nomes como Garth Ennis e Kelly Sue DeConnick, além de novidades da Turma da Mônica e do evento DC Future State.
Quem perdeu alguma coisa ou quer rever os melhores momentos pode acessar os vídeos on demand, que serão disponibilizados na plataforma em até 24 horas depois da exibição ao vivo e ficam no ar até o dia 13 de dezembro.
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