A estreia de Tom Holland como Homem-Aranha, em Capitão América: Guerra Civil quase foi muito mais curta do que o que assistimos no cinema. E o grande responsável por manter o tempo de tela do, então, jovem herói foi ninguém mais, ninguém menos do que Robert Downey Jr. Em entrevista ao podcast Rich Roll, o astro, que já deu vida a Peter Parker em mais de 6 longas, contou que, assim como Tony foi um mentor para seu personagem, Robert teve o mesmo cuidado com ele, fora das telas:
"Sou muito grato ao Downey. Quando fiz meu [teste de tela], foram oito páginas de diálogo. Era uma cena longa. Fui muito bem. Meu agente me disse para decorar as falas exatamente. Quando fiz meu primeiro take com o Downey, ele simplesmente começou a improvisar tudo e a mudar tudo. Isso me deu a licença para segui-lo. Você não pode superar o Downey, mas pode pegar carona com ele. E essas são boas 'costas' para se apoiar. Eu apenas segui sua liderança e improvisamos. Achei que, depois daquele teste, eu tinha conseguido. Foi muito bom. Quando cheguei ao set depois de conseguir o papel, minha cena havia sido cortada significativamente em relação ao que eu fiz no teste. Agora tinha talvez duas páginas. O Downey falou: 'Onde foram parar as falas do garoto?'".
Então, os diretores de Guerra Civil, Joe e Anthony Russo, tentaram explicar a Robert que o roteiro deles já era longo demais e que não poderiam gastar tempo na cena completa com a qual Holland fez o teste. Mas o mentor viu o potencial do jovem e interveio:
"Downey foi quem disse: ‘Não, vocês vão querer gastar tempo nisso. Vamos filmar tudo do teste. Vocês podem sempre cortar, mas vão querer tê-lo. E eles usaram tudo o que gravamos. Eu devo isso a ele. Isso é realmente legal".
Inspirado pelo agora vencedor do Oscar, Holland almeja, um dia, replicar as ações do mentor para um novo ator iniciante, em um papel bem específico:
"Eu adoraria um dia fazer isso... Se eu tiver a sorte de trazer o Miles Morales para o MCU, adoraria fazer por um garoto o que o Downey fez por mim".