Cena de Sense8 (Reprodução)

Créditos da imagem: Cena de Sense8 (Reprodução)

Filmes

Lista

Um filme ou série para cada letra da sigla LGBTQIAPN+

Equipe do Omelete lista suas obras favoritas para celebrar a data

Omelete
1 min de leitura
25.06.2024, às 10H03.

A comunidade LGBTQIAPN+ abarca uma diversidade gigantesca - e o mundo da cultura pop, ainda bem, está ficando cada vez melhor em refletir essa diversidade nas telas. Por isso, com a aproximação do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ (comemorado no próximo 28 de junho, no aniversário da revolta de Stonewall, que deu o pontapé inicial no ativismo como o conhecemos hoje), o Omelete resolveu fazer uma lista diferente.

Abaixo, você vai encontrar uma indicação de filme ou série de TV que representa cada uma das letras da sigla LGBTQIAPN+. É a nossa melhor tentativa de abarcar a vivacidade gigantesca dessa comunidade, de celebrar suas vivências - e, é claro, de indicar alguns títulos que valem a pena assistir. Vem com a gente, e feliz dia do orgulho!

*Esta lista será postada em cinco partes durante a semana do dia 28 de junho, com dois filmes adicionados diariamente.

L - Lésbicas

G - Gays

B - Bissexuais

Canções de Amor

Onde ver: Disponível para streaming gratuito no Plex (com legendas em inglês).

Difícil encontrar uma história bissexual no cinema ou na TV que não envolva a traição (até ótimos filmes, como Minhas Mães e Meu Pai, Passagens e Anatomia de uma Queda, caem nessa armadinha). E daí nos lembramos de Canções de Amor, o sensível musical francês em que Louis Garrel interpreta um homem em luto pela morte da namorada Julie (Ludivine Sagnier), que por sua vez levou à dissolução do trisal que os dois formavam com Alice (Clotilde Hesmé). É quando ele conhece o idealista Erwann (Grégoire Leprince-Ringuet), que lhe faz acreditar de novo, ainda que cautelosamente, no amor. É um romance moderno e complicado que mistura a melancolia e a mística parisienses com uma bela trilha sonora - e, olha só, no qual ninguém trai ninguém! (Caio Coletti)

T - Trangêneros, transsexuais e travestis

Tangerina

Onde ver: Disponível para streaming no Filmicca.

Antes de levar a Palma de Ouro por Anora, Sean Baker virou sua câmera (de iPhone!) para um grupo de prostitutas lidando com desventuras amorosas e indignidades do trabalho, tudo enquanto encontram compreensão e afeto umas nas outras, no espetacular Tangerina. Caótico, divertido, energizante e valoroso em seu retrato compassivo de personagens que vivem à beirada do mainstream - como todos os filmes de Baker -, Tangerina é também o longa mais desarmado do cineasta, largamente porque ele deixa as protagonistas Kitana Kiki Rodriguez e Mya Taylor tomar as rédeas da própria representação e assegurar que aquele final seja o soco no estômago e o afago no coração que precisava ser. Simplesmente inesquecível. (Caio Coletti)

Q - Queer

I - Interssexo

Faking It

Onde ver: Disponível para streaming no Paramount+.

Uma das primeiras e mais importantes funções da representação midiática de um grupo marginalizado é simplesmente revelar a existência desse grupo para aqueles que não fazem parte dele. Das letras da sigla LGBTQIAPN+, talvez o I de interssexo esteja em posição mais precarizada quando se trata de visibilidade, o que só amplia a importância de Faking It, comédia originalmente exibida pela MTV estadunidense em três temporadas, entre 2014 e 2016. Uma década atrás, a descontraída produção estava trazendo para as telas de forma pioneira uma personagem interssexo, Lauren (Bailey de Young) - e, ainda melhor, construindo para ela um arco íntegro de aceitação e evolução, que lhe permitia humanidade, vulnerabilidade, romance, humor ácido indefectível e looks matadores. Ou seja: tudo o que poderíamos pedir. (Caio Coletti)

A - Assexuais

P - Panssexuais

Sense8

Onde ver: Disponível para streaming na Netflix.

As irmãs Wachowski podiam muito bem ter entrado nessa lista com Ligadas Pelo Desejo, de 1996, um dos melhores thrillers lésbicos de todos os tempos. Mas impossível falar de representatividade panssexual sem falar de Sense8, que representa até melhor a abordagem liberadissima das irmãs à sexualidade - imaginando uma realidade em que oito pessoas dividem a mesma mente, as mesmas sensações e os mesmos desejos, elas criam uma história em que todos os protagonistas, essencialmente, podem amar e querer qualquer pessoa. É a epítome da filosofia “gosto do vinho, não do rótulo (obrigado, Schitt’s Creek, você também poderia estar aqui!) da panssexualidade - e é lindíssimo. (Caio Coletti)

N - Não-binários

+ - Mais

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