Música

Crítica

Matchbox Twenty no Rock in Rio 2013 | Crítica

Banda tenta agradar, mas nem cover de Stones convence o público no festival

21.09.2013, às 15H33.
Atualizada em 08.11.2016, ÀS 02H07

Foi com um locutor "fantasma" que o Matchbox Twenty decidiu abrir seu show, nesta sexta-feira, no Palco Mundo do Rock in Rio 2013. A escolha, que imediatamente atraiu a atenção de todos, parecia anunciar um baita espetáculo. Mas não foi bem o que aconteceu. Com uma banda muito acima de suas habilidades técnicas, o vocalista Rob Thomas foi justamente o integrante que por pouco não estragou a coesão do show.

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Rob Thomas

A banda, anunciada pelo locutor como "Matchbox VINTE", começou com "Bent", do álbum Mad Season, de 2000, empolgando a plateia. Na sequência, o sucesso "Disease" segurou muito bem o ritmo. O público respondia empolgado e contente às músicas conhecidas no país, mas para os mais atentos o fator que destoava era o despreparo do vocalista, que fazia o show parecer um karaokê ruim.

Sem fôlego para as notas mais "compridas", ainda assim Thomas soava melhor do que aparentava: ele quase não se movia no palco e, quando o fazia, balançava os braços sem expressão ou caminhava de um lado para o outro olhando para o chão. O povo foi ao delírio quando Thomas gritou, em português: "Rio!!! Te amo, Brasil", mas o fato é que os outros músicos pareciam ter mais presença de cena. A impressão era de que o vocalista - que dois dias antes se apresentou com a banda em São Paulo - estava se poupando. Mas para quê?

"She is so Mean", "Real World", "How Far We've Come" tentaram agradar, mas não convenceram. Parte do público que não conhecia a banda ficou dispersa. "3am" foi a que salvou a sequência, que depois disso só teve novamente outro ponto alto com "Unwell", do álbum More Than You Think You Are, de 2003.

Rob Thomas usou o tempo até o fim do show para interagir mais. Agachou próximo à beira do palco e a gritaria foi geral. Ao apresentar a banda, o destaque foi o solo do talentoso guitarrista Kyle Cook, que por muitas vezes roubava a cena sem fazer esforços.

O grupo bem que tentou dar a volta por cima com um cover de "Jumpin' Jack Flash", dos Rolling Stones, mas nem assim empolgou. A decisão de deixar para o fim "Push", do álbum Yourself or Someone Like You, de 1997, foi acertada, mas parece que os quase 20 anos de atraso com que o Matchbox chegou ao festival pesaram demais.

Nota do Crítico
Bom

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