A era das franquias na televisão já começou há algum tempo, mas parece ter alcançado níveis ainda maiores em 2024. Olhando a lista das melhores do ano para o Omelhor, isso fica claro. Adaptações, derivados, prequels e coisas do tipo estão por todo lado.
Felizmente, grandes nomes como Donald Glover e Steve Zaillian encontram bastante espaço para, dentro desses moldes, entregar alguns dos produtos mais autorais, ousados e inusitados da televisão moderno. E mesmo dentro das grandes marcas como Marvel e DC, temos surpresas que dominam nossa atenção.
O que também não quer dizer que não haja mais originalidade, já que algumas das melhores séries deste ano vêm de criadores jovens moldando uma nova geração de histórias. Talvez tenhamos deixado o tal "Peak TV" para trás, mas basta olhar para a coleção de 10 ótimas séries desta lista para enxergar que não falta coisa boa na televisão.
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Essa lista faz parte do “OMELHOR”, a eleição do Omelete para os melhores do ano, e é um oferecimento Ourocard Banco do Brasil, que traz uma série de benefícios para tornar o seu ano ainda mais proveitoso.
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10. True Detective: Terra Noturna
Nic Pizzolatto que me perdoe, mas o que Issa López fez com True Detective nesta quarta temporada, intitulada Terra Noturna, foi simplesmente transformar a filosofia emposturada que caracterizava a série até então - e que a fez envelhecer tão mal com o passar dos anos - em uma história de verdade. López troca o exaspero cínico de quem discursa sobre como o mundo nunca vai mudar pela peleja complicada e dolorosa de quem mergulha na lama deste mundo e tenta salvar quem está se afogando nela. Suas heroínas, lindamente interpretadas por Jodie Foster e Kali Reis, perderam pedaços de si nessa luta, mas não saíram do ringue por isso, e os fantasmas que as perseguem se encarnam justamente nas ideias e instituições contra as quais elas ainda lutam. História de gênero por excelência, que só deve incomodar quem nunca se sentiu muito confortável nele. - Caio Coletti. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming na Max.
9. O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder já tinha tido uma primeira temporada sólida, lá em 2022, mas o pulo de qualidade que representou o segundo ano ainda assim foi impressionante. A equipe de roteiro liderada por J.D. Payne e Patrick McKay dobrou a aposta nos aspectos mais folhetinescos da mitologia de J.R.R. Tolkien para justificar também as suas tendências mais grandiloquentes. Na esteira disso, a equipe de direção inteiramente feminina entregou uma encenação de gravidade e teatralidade proporcionais ao texto, e o elenco elevou o tom dos confrontos cênicos (Charles Edwards e Charlie Vickers tiveram uma temporada excepcional na dança entre Celebrimbor e Sauron) para criar um novelão de fantasia de primeira categoria. - Caio Coletti. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video.
8. Ripley
Em época de ocupação predatória nos streamings, em que qualquer embrião de história se estende episódico para tomar o tempo do espectador, Ripley é um caso excepcional de minissérie que dilata o tempo com propriedade. Encenam-se com languidez os pormenores dos crimes cometidos por Tom Ripley (Andrew Scott), porque nesse ritmo se inscreve tanto o humor, o comentário social do fardo que é praticar o alpinismo social com violência, quanto o suspense de acompanhar uma farsa improvisada que pode ser desmascarada a qualquer momento. Se as narrativas de vingancinha contra os podres de rico estão na moda, de The White Lotus a O Menu, esta versão de Ripley recupera a autoridade que a escritora Patricia Highsmith (1921-1995) sempre teve sobre esse tema - e saboreia seus ressentimentos sem pressa. - Marcelo Hessel. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix
7. Bebê Rena
Bebê Rena foi uma das séries mais impressionantes da história da Netflix. Criada e estrelada por Richard Gadd, a produção estreou na plataforma sem qualquer alarde e conquistou o mundo. De um dia para o outro, assumiu o posto de mais assistida e virou fenômeno mundial ao contar a história de um comediante fracassado que começa a ser perseguido por uma stalker - uma história levemente baseada em fatos, contada de forma incrivelmente sedutora, e que impactou milhões. - André Zuliani. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming na Netflix
6. Pinguim
Expansão de universo já foi a galinha dos ovos de ouro do mercado de filmes e séries. Hoje, alguns se destacam e outros ficam pelo caminho. Desenvolvido quase ao mesmo tempo do Batman, de Matt Reeves, Pinguim é um daqueles que veio para ficar e elevou ainda mais a barra para a sequência do produto principal. O que começou como uma história de máfia à la Sopranos, logo virou uma história sobre o submundo de Gotham e a luta entre dois lados da máfia. Em um deles, Oz Cobblepot (Colin Farrell) e seu ajudante Victor (Rhenzy Feliz), dois personagens moldados pela opressão da cidade tentando perseverar. Do outro, Sofia Falcone (Cristin Milioti) e sua herança quase maldita, que cobrou demais de sua vida e sua mente. O embate desses dois lados mostrou que o futuro do Batman será muito mais difícil do que ele pode imaginar. Um show completo do trio principal, que sacramentou o vilão de Colin Farrell como um dos melhores e mais temíveis na galeria do herói. - Alexandre Almeida. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming na Max
5. Industry
A barreira de entrada de Industry pode parecer enorme, afinal estamos falando de uma série sobre o mundo das finanças que em momento algum pisa no freio para nos explicar o que diabos significam todos aqueles termos. A beleza da criação de Konrad Kay e Mickey Down está em como o diálogo afiado e atuações do impecável elenco (Myha’la, Marisa Abela, Harry Lawtey, Ken Leung, Kit Harrington e outros) transmite a realidade emocional de cada personagem e cena. Não conhecemos nada, mas entendemos tudo. Na terceira temporada, essa dinâmica elétrica atingiu outro patamar, levando a série para um ponto tão significativo que poderia muito bem ser seu gran finale. - Guilherme Jacobs. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming na Max
4. Fallout
Poucas adaptações live-action têm o privilégio de serem comparadas a Fallout. A série baseada na franquia de videogames traz uma terra pós-apocalíptica desolada por uma onda de ataques nucleares premeditados. Em um mundo naturalmente brutal, mas cômico, conhecemos dois personagens bem distintos. Um morto-vivo que sonha em destruir as indústrias Vault-Tec (Walton Goggins) e uma jovem bem-nascida criada nos abrigos nucleares (Ella Purnell). Com objetivos distintos, eles entram em diversos atritos e enfrentam grandes inimigos pelo caminho. - Pedro Henrique Ribeiro. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video
3. Xógum: A Gloriosa Saga do Japão
Uma das principais apostas para 2024, Xógum: A Gloriosa Saga do Japão teve um sucesso ainda maior do que o esperado. A série que adapta o romance de James Clavell venceu nada menos do que 18 prêmios no Emmy e consagrou nomes como Anna Sawai e Hiroyuki Sanada com uma história épica inspirada no Japão dos tempos do xogunato. O resultado foi tão positivo que o canal FX alterou a rota e transformou Xógum de minissérie para série dramática, renovando o título para uma segunda e terceira temporada. - André Zuliani. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+
2. Sr. e Sra. Smith
Resgatar uma franquia de sucesso nunca é uma tarefa fácil. No caso de Sr. e Sra. Smith, cujo filme de 2005 estrelado por Brad Pitt e Angelina Jolie tornou-se um marco da década, a responsabilidade seria ainda maior. Mas a dupla Donald Glover e Maya Erskine fez um ótimo trabalho ao revitalizar a história de um casal de super-espiões ao colocar mais drama e substância à trama principal. O resultado? 16 indicações ao Emmy para a série do Prime Video, com duas vitórias. - André Zuliani. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming no Prime Video
1. X-Men '97
Na época em que vivemos, nostalgia é tipicamente sinônimo de reciclagem e pouca criatividade. Não foi diferente com a volta de X-Men ao mundo da animação, já que a série da década de 1990 foi um sucesso e marcou uma geração. O fato, porém, é que a nostalgia serviu somente como combustível para dar o estouro numa lembrança de como histórias dos mutantes são atemporais. Um roteiro afinado e personagens carismáticos – com uma equipe de heróis renovada – fizeram os temas serem debatidos de forma ainda mais intensa sem nunca esquecer a força do heroísmo e dos elementos pop que fazem esse gênero ser tão forte no entretenimento. Em 2024, X-Men '97 foi o melhor exemplo de como nostalgia pode ser ponto de partida para renovação e qualidade, algo que os heróis da cultura pop ocidental precisam para ontem. - Thiago Romariz. Leia nossa crítica.
Onde assistir: Disponível para streaming no Disney+
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