The Acolyte faz bem-vinda expansão do universo de Star Wars com começo irregular

Séries e TV

Artigo

The Acolyte faz bem-vinda expansão do universo de Star Wars com começo irregular

Série estreia os dois primeiros episódios nesta terça-feira (4)

Omelete
2 min de leitura
04.06.2024, às 13H54.

The Acolyte demorou um longo tempo para chegar às telas. Produto de uma leva que pretendia expandir a franquia para o streaming, a série chega com a ideia de explorar cantos e histórias do universo de George Lucas que não foram abordados nos cinemas. Para isso, a Lucasfilm trouxe Leslye Headland, de Boneca Russa, que dá um teor mais sério e irônico ao roteiro, ao mesmo tempo que apresenta uma protagonista feminina que engloba vários temas recorrentes em Star Wars como a tentação ao lado sombrio, problemas familiares e legado.

Todos esses assuntos estão nos primeiros quatro episódios de Acolyte, que mostra uma galáxia familiar, mas que aqui é pacífica e sem vestígios de um Império ou Primeira Ordem. Os Jedi são magnânimos, mas uma série de assassinatos começa assustar a cúpula dos Cavaleiros, que envia um deles para investigar. No meio da jornada, descobre-se que há mais sobre os Jedi do que se imaginava e aos poucos entra-se na seara do famoso lado sombrio, com uma figura misteriosa aparecendo.

Assim como Ahsoka e Rebels, Acolyte busca as fronteiras de Star Wars que abraçam mais a fantasia do que qualquer outra trilogia ou filme nos cinemas — e este é o seu ponto mais interessante. Com uma espécie de culto de bruxas e alguns ritos que lembram filmes medievais, a série faz uma boa apresentação de personagens novos, ainda que aborde os Jedi de forma semelhante ao visto em outros capítulos da franquia. Além disso, é interessante, apesar de pouco envolvente, ver diferentes idades e pessoas sendo doutrinados pelos dogmas Jedi — no mínimo, é um diferencial para quem é fã.

O escorregão de Acolyte vem na execução dessa proposta, especialmente quando o seriado se debruça na química entre os Jedi ou na composição dos cenários que tenta apresentar para dar grandeza à trama. A produção é tão reduzida que nunca se sente amplitude nos cenários, nos planetas e nem detalhamento ou individualidade nos figurinos e raças daquele mundo. O ritmo imposto neste aspecto lembra Obi-Wan Kenobi, série que tinha ambições cinematográficas e se contentou com um escopo televisivo que não combinava com a proposta.

Acolyte não tem planos tão grandes quanto Kenobi, mas tropeça nos mesmos obstáculos, apesar de acertar mais na ação nos poucos momentos em que investe nisso. Esses altos e baixos, divididos entre bons conceitos de fantasia e uma sensação de narrativa contida demais com diálogos muito limitados, dá uma sensação de irregularidade à série em sua primeira metade. A ver como será o desfecho dessas boas propostas.

Quer saber mais? Confira também nossas impressões em vídeo no Omeleteve!

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.